Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

17 março 2008

Trinte anos no poder!

Será Alberto João Jardim um novo "ditador"?!
Comemora hoje trinta anos no exercicio do poder como Presidente do Governo Regional da Madeira, em que durante estes anos obteve maiorias. Poderemos considerar um "ditador" ou um simples cidadão que ganhou as eleições de uma forma justa e democrática?! É algo que deixo para pensar e reflectir.

5 comentários:

Ordepuir disse...

Cara Paula Peixoto

É realmente uma questão muito interessantes, e no mínimo polémica, aquela que aborda neste seu post.
Alberto João Jardim está no poder na Madeira há trinta anos, mas, do meu ponto de vista, não o podemos considerar um "ditador". Não podemos porque, segundo sabemos, sempre ganhou as eleições de uma forma livre e democrática, no entanto, a forma como exerce o poder, aí talvez já possamos acusar o líder madeirense de "défice" democrático. São mais que muitas as notícias que nos dão conta dos abusos de poder por parte de Alberto João Jardim, eu próprio, conheço alguns madeirenses que me afirmaram, por mais do que uma vez, que ser militante do PS na Madeira inviabiliza todas as possibilidades de se conseguir exercer um cargo público na ilha. No entanto, segundo as mesma fonte, se a militância política tiver uns tons mais, "alaranjados", as portas abrem-se com muito mais facilidade.
Gostaria de terminar, desta vez, afirmando que Alberto João Jardim não será, pelo menos pelo que se conhece, um "ditador" como os que estamos acostumados, mas que no entanto tem, isso certamente, uma falta considerável de seriedade democrática, tal como de imparcialidade política e sentido de responsabilidade, para com todos os cidadãos, mesmo aqueles que não defendem a sua "cor partidária". O líder madeirense está, do meu ponto de vista, "acostumado ao poder", e usa e abusa desse poder de uma forma pouco ética, e ainda menos democrática, ainda que não me pareça um "ditador", passando, de qualquer das formas, lá muito perto.

Cumprimentos.

Helena Antunes disse...

Muito pertinente este teu post, Paula!

E tenho basicamente a mesma opinião que o Rui Pedro.

Daniel Martins disse...

A meu ver, a longevidade no desempenho do cargo político levou a um certo comodismo que por vezes pode ser confundido com ditadura.

As suas atitudes, nomeadamente as provocações em relação ao governo e a censura dos meios de comunicação, fazem com que as pessoas o vejam como ditador.

Efectivamente, essas atitudes revelam uma vincada falta de valores democráticos. Falar em ditadura talvez seja um pouco exagerado até porque foi eleito pelo povo.

E o povo madeirense continuará a votar em Alberto João Jardim porque se trata de uma figura política que defende com "unhas e dentes" a Madeira.

Até penso que poderíamos estabelecer um paralelo com Pinto da Costa. O que acham?

Helena Antunes disse...

Eu também acho que podemos estabelecer um paralelismo com Pinto da Costa. Resta saber qual dos dois é o pior! :)))

Ordepuir disse...

Caros amigos,

Considero que Alberto João Jardim tem "tiques de poder". O líder madeirense é alguém que, realmente, exerce a sua influência e poder político de forma a manter-se no exercício do poder. Alberto João Jardim é um líder "populista", é alguém de quem se gosta muito, ou não se gosta nada, tal como Pinto da Costa. Estes dois líderes, o madeirense e o portuense, são, com a mesma intensidade amados e odiados, uns consideram-nos os piores exemplos do que há em Portugal, outros acham que se houvessem mais pessoas como eles, Portugal estaria muito melhor. São, como diz o meu amigo Daniel ( e muito bem), dois líderes com "estilos" muito parecidos, e que estão no poder há muitos anos.