Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

24 dezembro 2008

É Natal!

Sim, é Natal! Diz um ditado que o "Natal é quando um homem quiser", não deixa de ser verdade, porém há coisas diferentes no verdadeiro Natal.

É em Dezembro que enfeitamos as casas, preparamos presentes, enfeitamos árvores de Natal, construímos presépios etc. Como tal gostaria de, para além de desejar um BOM NATAL a todas as pessoas, deixar um apelo: tentem esquecer os problemas, tentem esquecer a crise e sorriam nestes dois dias, 24 e 25 de Dezembro. Sorriam para vocês mesmos e sorriam para quem vos é querido, andamos semanas a preparar esta próxima noite, está nas mãos de cada um de nós torna-la mais especial, à nossa maneira.

FELIZ NATAL é o que desejo a todas as pessoas, e saúde para o novo ano que se avizinha.

13 dezembro 2008

Diga lá outra vez?

"Não se paga aos deputados o suficiente para eles todos serem apenas deputados".

"Talvez esteja errado é que as votações sejam à sexta-feira, é preciso arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que, normalmente, é mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República".

"No meu tempo não havia votações à sexta-feira, porque já se sabe que é a véspera do fim-de-semana."

Foram estas as declarações de Almeida Santos, hoje, ao fim da manhã. Este "senhor" foi, entre muitas outras coisas, ministro de vários governos provisórios e presidente da Assembleia da República. Considerando a realidade económica dos portugueses, na sua esmagadora maioria, (que tem de trabalhar todos os dias, independentemente de ser sexta-feira ou não e que não ganham 3000,00€ mensais) considero escandalosas as declarações desta "personalidade" política do PS e do país!

Como se não fossem já suficientemente graves as consecutivas faltas dos deputados portugueses, ainda temos que ver, e ouvir, este tipo de afirmações para justificar (de forma absurda na minha opinião) algo que não me parece ter justificação possível.

Depois admiram-se os "especialistas" das gigantescas taxas de abstenção nas eleições em Portugal, claro que os cidadãos não sentem vontade de participar na vida política do país, com declarações destas, estavam à espera de quê?

10 dezembro 2008

A Declaração Universal dos Direitos Humanos

Faz hoje precisamente 60 anos que se assinou em, Paris, a "Declaração Universal dos Direitos Humanos". Depois da Segunda Guerra Mundial a DUDH pretendia ser a pedra basilar do Direito Internacional, em trinta pontos declara as condições "inalienáveis" e "indivisíveis" da condição humana.

Será que hoje, passadas seis décadas na aprovação e promulgação do texto da DUDH, os seus trinta pontos são respeitados? Não me parece difícil afirmar que são todos os dias violados, questionados e afastados pela vil ambição humana pelo poder e pelo dinheiro!

Desde o seu nascimento a DUDH enfrentou terríveis provações e violações, desde logo por aqueles que a não ratificaram: (por exemplo) a URSS absteve-se e colocou-se de parte, porque, segundo eles, não queriam compactuar com aqueles que defendiam os "direitos burgueses" do mundo ocidental. Viemos a saber mais tarde que o líder soviético da altura, Estaline, condenou aos "gulags" e à morte milhões de pessoas (alguns autores apontas mesmo para números muito superiores aos do "holocausto" nazi).

Nos dias de hoje, em pleno século XXI, a DUDH não tem muitas razões para festejar o seu sexagésimo com alegria. A humanidade continua a permitir o perpetuar da violência extrema, os exemplos são já recorrentes quando falamos de países como o Zimbabwe ou o Ruanda, mas é por lá, e infelizmente por muitos outros locais, que a DUDH continua incessantemente a ser violada, e muito mais importante do que tudo o resto, milhões de pessoas continuam a sofrer e a morrer.

Nada mais há a fazer se não esperar, e ter esperança, num futuro melhor para a humanidade, onde finalmente a DUDH seja respeitada como base reguladora das relações entre as pessoas, independentemente das suas nacionalidades, etnias, religiões ou convicções.