Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

13 março 2008

Ò tempo, volta p'ra trás...

Caros bloggers, nascidos na década de 80
Atendendo ao facto de que todos nós, autores deste blog, nascemos na década de 80 e tivemos uma infância semelhante, achei por bem partilhar com todos vós o conteúdo de um e-mail que me entrou na caixa de correio electrónico (e que se não fosse a evolução das tecnologias, nunca tal tería acontecido). Cá vai...
"Nascidos antes de 1986. De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças", ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos…Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo."
Acho que o excerto diz tudo! Só me resta dizer: "Ò tempo, volta p'ra trás, dá-me aquilo que eu perdi..."

5 comentários:

Helena Antunes disse...

Eu também já recebi este mail mais de uma vez, e não poderia estar mais de acordo com ele.
Acho que os nossos tempos de infância foram muito bons, tenho imensas saudades deles.
Como tu dizes "Ó tempo volta para trás!" :)

Daniel Martins disse...

Olhando para trás, vejo que tivemos todos uma infância inesquecível.
Ainda me lembro quando pegava na minha BMX para ir ter com os amigos e só regressava a casa quando estava cansado ou com apetite.
Ou quando começavamos a inventar engenhocas que nos distraiam durante horas.
Sem dúvida, momentos inesquecíveis.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Se pensarmos bem, é melhor olhar para a frente do que olhar para trás, tendo como ponto de referência a nossa situação presente. Podemos resgatar o passado, mas não o podemos mudar. Ora, podemos tentar mudar o mundo, sobretudo o futuro, começando por mudar no presente pequenos hábitos ou esquemas de pensamento. Olhar para trás significa adiar o projecto que cada um de nós é e esse projecto que somos só ganha sentido em função do futuro. (Mas percebi bem a ideia deste post.) :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estive a ver a lista de participantes e seria interessante cada um propor um tema e abordá-lo da sua área.

Helena Antunes disse...

Eu acho uma boa ideia, Francisco!
Aliás vai de encontro ao conceito deste blogue.
:)