Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

16 abril 2008

Hospitais Portugueses

Recentemente, tive uma situação nas Urgências do Hospital de Famalicão e que não poderia deixar em branco.
Em Portugal muito mal se tem falado da saúde e da sua organização, mas o que o venho aqui deixar é uma palavra para todos os médicos, enfermeiros e auxiliares que executam o seu trabalho de uma forma espectacular e sempre prontos a ajudar e a fazer os possiveis pelo doente.... Só queria agradecer a todos o que me aturam e um muito obrigado pelo carinho que me deram. São sem duvida grandes profissionais, que às vezes com muito pouco dão muito de si e fazem verdadeiros milagres.
E por falar em organização dos hospitais, podia dar-se uma olhadela ao Brasil e ver como certas situações são resolvidas, acho que ficariamos a ganhar.

3 comentários:

Daniel Martins disse...

Cara Paula,

Partilho a tua opinião. Apesar do estado da saúde em Portugal, ainda temos profissionais que dão o melhor de si e que dão muitas alegrias aos pacientes que os visitam.

Lygi@ disse...

Sim é verdade!é como diz o ditado: mts vezes o justo paga pelo pecador, lol.

mas paulinha, o que te aconteceu?

Helena Antunes disse...

Uma coisa é a gestão e organização hospitalar, outra coisa é o desempenho profissional dos agentes de saúde.
A gestão e organização hospitalar no nosso país estão uma caos, não atendendo eficientemente aos cidadãos, sobretudo aos mais necessitados. Horas de espera na Urgência, anos de espera para cirurgias, tudo isto deriva de um mau funcionamento do sistema de saúde em geral, da gestão de cada hospital em particular. Depois, o que muitas vezes sucede é que o pobre é sempre o mais sacrificado porque o rico pode ir ao hospital privado e pagar para ser atendido com rapidez e eficiência.
O mesmo sucede a nível dos centros de saúde onde o caos com horas e horas de espera para conseguir uma simples consulta no médico são um tormento. Os centros de saúde que devaim dispôr de serviços básicos e necessários aos utentes, vivem dificuldades financeiras agravantes também derivado da sua má gestão e organização. Ainda há algum tempo atrás em conversa com o meu médico de família acerca disto ele me dizia "Se algum dia eu for Director deste Centro de Saúde, eu farei os possíveis para cá ter um dentista, um psicólogo e um sociólogo. A meu ver profissionais essenciais nun centro de saúde." Um outro dia em conversa pessoal que eu tive com a assistente social do meu centro de saúde ela me contava que andava com trabalho adicional em que tinha uns inquéritos para tratar. Ela dizia-me "Dra. Helena quem me dera tê-la aqui comigo para tratar disto porque percebe mais de inquéritos do que eu e porque eu já tenho o meu trabalho, pouco tempo me sobra ainda para fazer isto. A direcçaõ do centro de saúde nem sequer está aceitar voluntários para nos ajudar."
Isto para dizer que por muito mais vontade e sacrifício que tenhamos agentes de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares)nem sempre lhes é possível exercer devidamente as suas funções.

Ainda há um longo e árduo caminho a percorrer para uma eficiente gestão e organização nos estabelecimentos de saúde.
Mas com isto não estou a "sacudir a aguá do capote" aos médicos, porque em relação a eles tenho mais queixas que elogios. Também lhes cabe uma papel essencial nesta mudança, mas a maior parte parece estar mais preocupada em manter o seu elevado status quo.