Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

10 dezembro 2008

A Declaração Universal dos Direitos Humanos

Faz hoje precisamente 60 anos que se assinou em, Paris, a "Declaração Universal dos Direitos Humanos". Depois da Segunda Guerra Mundial a DUDH pretendia ser a pedra basilar do Direito Internacional, em trinta pontos declara as condições "inalienáveis" e "indivisíveis" da condição humana.

Será que hoje, passadas seis décadas na aprovação e promulgação do texto da DUDH, os seus trinta pontos são respeitados? Não me parece difícil afirmar que são todos os dias violados, questionados e afastados pela vil ambição humana pelo poder e pelo dinheiro!

Desde o seu nascimento a DUDH enfrentou terríveis provações e violações, desde logo por aqueles que a não ratificaram: (por exemplo) a URSS absteve-se e colocou-se de parte, porque, segundo eles, não queriam compactuar com aqueles que defendiam os "direitos burgueses" do mundo ocidental. Viemos a saber mais tarde que o líder soviético da altura, Estaline, condenou aos "gulags" e à morte milhões de pessoas (alguns autores apontas mesmo para números muito superiores aos do "holocausto" nazi).

Nos dias de hoje, em pleno século XXI, a DUDH não tem muitas razões para festejar o seu sexagésimo com alegria. A humanidade continua a permitir o perpetuar da violência extrema, os exemplos são já recorrentes quando falamos de países como o Zimbabwe ou o Ruanda, mas é por lá, e infelizmente por muitos outros locais, que a DUDH continua incessantemente a ser violada, e muito mais importante do que tudo o resto, milhões de pessoas continuam a sofrer e a morrer.

Nada mais há a fazer se não esperar, e ter esperança, num futuro melhor para a humanidade, onde finalmente a DUDH seja respeitada como base reguladora das relações entre as pessoas, independentemente das suas nacionalidades, etnias, religiões ou convicções.

2 comentários:

Anónimo disse...

Criada como resposta possitiva às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. Acabou por se tornar no documento mais internacionalmente violado, todos os dias, todas as horas, todos os minutos e atreveria-me a dizer que também a todos os segundos que passam é violada a Declaração universal dos Direitos Humanos. Como escrevi noutro lado, é tempo de se exigir uma verdadeira política que lute pelos direitos universalmente reconhecidos a TODOS os seres humanos. Temos 60 anos de reonhecimento desses direitos, será agora tempo de entrar em acção e no terreno fazê-los respeitar.

(não sei o que se passa mas não me está a deixar comentar com a conta do blogger :)

Helena Antunes disse...

Pertinência neste tema por ti abordado!