Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

06 novembro 2008

We are living history!

Corria o ano de 2004 e numa das minhas aulas o professor, de nacionalidade americana, nos disse, com a voz e os olhos carregados de emoção: "se Deus quiser e a Constituição dos EUA ainda for o que é, em 2008, finalmente mudamos de presidente!" Acredito sinceramente que este homem está muito feliz, e tal como ele milhões de pessoas, não só nos EUA mas por todo o mundo. Barack Obama surge como umas das maiores surpresas da história, quem diria há uns anos atrás que estaríamos hoje perante a vitória presidencial de um afro-americano nos EUA, o país do "KKK", dos problemas raciais, enfim, um país que travou uma guerra civil onde se discutia, entre outras coisas, o fim ou não da escravatura.

Face à actual conjuntura internacional, o novo presidente norte-americano parece reunir consenso: os países da Europa, e as suas populações, sempre se mostraram favoráveis a ver o candidato democrata na "Casa Branca", o médio oriente deu também sinais de que o novo presidente é bem vindo, até de Cuba, Fidel Castro, considerou recentemente Obama como a "luz ao fundo do túnel". A economia vai certamente "suster a respiração" até perceber o caminho a seguir pela nova administração americana, bem como as relações políticas internacionais, fragilizadas por oito anos de tumultos, esperam que o novo presidente e seus conselheiros sejam muito mais sensatos e menos belicistas do que George W. Bush.

Quanto a mim, fiquei feliz, confesso! Nunca fui fã da administração que vai agora cessar funções, muito menos a favor das suas "guerras contra o terrorismo", pelo médio oriente, que me pareceram sempre desculpas para tratar de outros assuntos muito menos nobres.
Encaro Barack Obama como uma nova e renovada esperança para as "Relações Internacionais" do século XXI. O presidente eleito dos EUA representa só por si a mudança, a mudança de orientação, tem óptimas ideias e parece muito bem rodeado e aconselhado, é jovem e não me parece ter "vícios de poder", se demonstrar no exercício de funções a vitalidade e dinâmica que manteve durante a campanha eleitoral poderemos ter aqui, e acredito que sim, o início de uma nova e, muito interessante, nova era nas "Relações Internacionais", a todos os níveis.

2 comentários:

Daniel Martins disse...

Eu também fiquei feliz! Bom post Rui!

Bárbara Cunha disse...

Excelente vitória do candidato out system! A sua persistência e dinâmica da campanha mostraram ao mundo um homem bom, aberto ao diálogo e acima de tudo à frente do seu tempo.

A história está feita com a sua eleição. A partir da agora espero poder contar aos meus netos que o dia 4 de novembro de 2008 foi um dia de viragem face ao anterior sistema que governava o mundo.