Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

05 novembro 2008

Planos de mobilidade

Na comunidade de planeadores urbanos começa-se a falar da necessidade de introduzir um novo mecanismo de ordenamento do território designado por planos de mobilidade. Actualmente, os planos municipais (PDM; PP e PU) descrevem as necessidades em geral, isto é, projectam-se e sinalizam-se as vias, apontam-se a necessidade de reformulação de paragens de autocarros e o reforço de determinados percursos ou horários, projectam-se pistas de ciclismo, mas são opções isoladas e desta forma não existe um plano conjunto de articulação entre todos os meios de locomoção.

Recentemente a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) organizou um seminário sobre esta temática. Seminário este, que incidiu principalmente sobre a mobilidade em meios de baixa densidade onde os problemas são numerosos. A principal dificuldade sentida nesses meios é a falta de investidores interessados em assegurar os transportes colectivos, por estes não serem rentáveis devida a falta de utentes. Este problema tem sido uma preocupação para os concelhos de baixa densidade e por essa razão estão em elaboração planos de mobilidade para resolver estas questões e tornar este sector sustentável. A UTAD, através do seu grupo de estudos territoriais (GETER), tem desenvolvido sobre requisito de alguns municípios planos de mobilidade.
Era desejável que mais municípios pudessem entender a necessidade de implementar estes mecanismos e que a investigação neste sentido prosseguisse. Era importante caracterizar os meios existentes, identificar os percursos, os horários, as carências sentidas junto da população, as dificuldades sentidas pelos operadores (quando existam), apresentar alternativas e meios mais rentáveis e mais sustentáveis, promover meios inutilizados, identificar corredores importantes de deslocação, rever a sinalização rodoviária existente, fazer o levantamento das barreiras arquitectónicas e apresentar soluções a estas e por fim implementar todas as soluções encontradas, que na maioria dos casos, no que diz respeito ao planeamento não acontece ou pelo menos não na totalidade.

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