Todos nós temos uma arte - uma área do conhecimento pela qual nutrimos mais paixão e que logo se torna um objectivo de vida. Juntando-lhe as manias ou particularidades próprias de cada um, obtemos uma mistura fina de matéria-prima cognitiva que vale a pena partilhar e discutir com os demais. Sob este título, revela-se um grupo de pessoas e um ponto de encontro virtual no qual todas as Artes & Manias têm espaço assegurado.

12 maio 2008

A “Nova Rússia”

“Putin” governou o país de forma dura, e mais ou menos democrática, a liberdade e democracia ainda estão longe de chegar ao país mais extenso do mundo. Durante os anos de governo do antigo agente do KGB foram detidos centenas de cidadãos russos, com acusações e condenações rápidas as vozes mais criticas foram silenciadas. Ficou famosa a detenção daquele que, foi, o homem mais rico da Rússia (“Mikhail Khodorkovsky”), cujo único erro foi apoiar o rival de “Putin” nas eleições que se aproximavam, corria o ano de 2003. Durante muito tempo noticiou-se a prisão do empresário russo, a sua defesa em tribunal, as sucessivas acusações de que era alvo e a importância política que tudo isto tinha na Rússia, no entanto, a “máquina” conseguiu fazer esquecer o nome, a fortuna essa, a máquina apoderou-se dela e o homem, esse está, segundo a versão oficial, algures na Sibéria numa prisão. Quem é que, durante anos a fio, gostava muito de enviar os seus opositores para a Sibéria? Pois, Estaline!

Desde que acabou a URSS a “Nova Rússia” nasceu, mas nasceu de forma difícil, e com estigmas do passado, dos quais ainda não se libertou, e dos quais vai ter muita dificuldade para se libertar. A sucessão política (por exemplo) russa ainda se faz muito à moda do passado, se não vejamos: após a queda da URSS o primeiro presidente da Rússia foi "Boris Yeltsin", que governou o país da melhor forma que conseguiu, ou que lhe foi possível, teve um papel importantíssimo numa das transições mais difíceis, e importantes, da história do país. A sua sucessão foi feita em jeito de “passagem de testemunho”, para "Vladimir Putin" seu “delfim político. O antigo agente do KGB, de quem já falamos, por sua vez, fez o mesmo que lhe fizeram a ele, ou seja escolheu para o suceder o seu “homem de confiança”, e seguidor político”, “Dmitry Medvedev”. Apesar de que, “Putin”, não se afastou da política, e ficou confortavelmente como primeiro-ministro, observando e controlando o poder de perto, dizem alguns.

A Rússia engalanou-se para a tomada de posse do novo presidente, e realçou, claramente, a passagem dos códigos nucleares para o novo Chefe de Estado, sob a forma da, quase, mítica mala do poder nuclear. Como se isto não fosse o bastante, a primeira iniciativa do novo presidente foi assistir a uma parada militar, como já não se via há muitos anos, a fazer lembrar os tempos da URSS.

A “Nova Rússia” do Século XXI, tal como o seu “brasão de armas” olha o ocidente e o oriente, mas agora com cuidado, e parecendo querer dizer que o poder de outrora ainda não esmoreceu, como alguns acreditam, mas sim, que está fortalecido!